REVISTARIA

CONHEÇA A HISTÓRIA DA REVISTA NO BRASIL E
NO MUNDO
HISTÓRIA DA REVISTA
A partir da criação da tipografia por Johannes Gutenberg, panfletos e publicações começaram a ser editados em um intervalo de tempo menor. Esses panfletos deram inicio às revistas, que eram o meio-termo entre o imediatismo da notícia e a atemporalidade dos livros. A primeira revista foi criada no ano de 1663, em Hamburgo, na Alemanha, mesmo país que nascera Gutenberg, e era chamada de Erbauliche Monaths-Unterredungen (Edificantes Discussões Mensais). Em 1672 foi lançada Le Mercure Galant (O Mercúrio Elegante), em Paris, a primeira revista de moda, e depois a inglesa The Athenian Gazette, em 1690.
Nos anos posteriores as revistas se difundiram amplamente, nos mais variados segmentos. Em 1693 foi criada a revista feminina The Ladies Mercury, pelo editor da Athenian Gazette, John Duton. Foi só século XVIII que as revistas começaram a ter um aspecto mais popular, abordando assuntos de interesse geral, que iam do entretenimento à vida familiar. Foi então que surgiu na Inglaterra, em 1731, The Gentleman's Magazine, até hoje considerada como a primeira revista moderna. As publicações eram mensais, e as noticias eram mostradas da forma mais simples. Essa revista foi editada por cerca de 200 anos e a primeira que criou o primeiro emprego estável como escritor de matéria para Samuel Johnson.
Logo mais, em 1842 foi lançada ao mercado a primeira revista com gravuras, The Illustrated London News, pelo inglês Herbert Ingram. Em 1892, era vez da revista que revolucionaria o mundo da moda até os dias atuais, produzida por um editor aristocrata chamado Arthur Turnure: a Vogue. Com o objetivo de mostrar a vida de luxo e prazeres, além de reportagens de moda, a revista era voltada para alta elite de Nova York.

Revista Erbauliche Monaths-Unterredungen

Revista The Athenian Gazette

Revista The Gentleman's Magazine

Revista Vogue
HISTÓRIA DA REVISTA NO BRASIL
A primeira revista editada no Brasil, foi lançada em 1812, em Salvador e era chamada de As Variedades ou Ensaios de Literatura. A revista abordava temas mais eruditos, o que lhe dava um aspecto mais próximo ao de um livro. Já em 1839 nasce a Revista do Instituto Histórico Geographico Brazileiro, promovendo discussões científicas e culturais. Essa revista pode ser encontrada em circulação no Brasil até os dias de hoje. Posteriormente, foram lançadas as revistas O Patriota em 1813, Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura, em 1822, ambas lançadas no Rio de Janeiro.
Em 1827, surge o ramo de revistas segmentadas, ou seja, que são especializadas em um gênero, com o lançamento da revista O Propagador das Ciências Médicas com temas voltados para medicina e Espelho de Diamantino, a primeira revista feminina brasileira. Esta tratava de assuntos variados como arte, política e moda, de forma simplificada. Em 1928, é lançada a revista Cruzeiro pelo jornalista Assis Chateubriand, com publicações mensais. Ela enfatizava grandes reportagens com apelo para as imagens, aproximando o fotógrafo do fato e utilizando recursos do fotojornalismo. Essa revista se destacou pela boa diagramação, edição e ilustração.
Em 1940, a revista Diretrizes era a principal concorrente de Cruzeiro. Ela tinha como foco principal a política e se posicionava contra o regime de Vargas em pleno Estado Novo. A revista contava com grandes escritores como Jorge Amado, Álvaro Moreyra, Rubem Braga e Joel Silveira. Em 1952 é lançada a revista Manchete, que priorizava a fotografia e a ilustração, as publicações eram voltadas para o grande público urbano e trazia curiosidades da cultura brasileira.
Em 1966, foi lançada a revista Realidade, que tinham suas reportagens pautadas pela objetividade da informação. Os jornalistas de Realidade, eram em sua maioria, militantes de partidos de esquerda que expressavam na linha editorial um espírito democrático que inspiravam o debate, mas sem ser partidário. As reportagens da revista eram sempre bem apuradas e editadas, atraindo o público que buscavam um tema de interesse específico. Entretanto, não conseguiu sobreviver à crise do mercado editorial brasileiro, somado ao Ato Institucional AI-5, que institucionalizava as restrições à liberdade de imprensa no Brasil. Nessa mesma época, o fundador da revista Realidade, Victor Civita, criou ass revista Veja, Isto é, Isto é Senhor, Afinal e Época, marcando a entrada do Grupo Globo no mercado das revistas semanais de informação.
Nas décadas de 50 e 60 o surgimento das fotonovelas foi um grande sucesso de vendas no segmento de revistas. Com uma linguagem de fácil assimilação, elas cativaram rapidamente o gosto popular. Nesse ramo, destaca-se o surgimento da revista Capricho em 1952, com publicações quinzenais, ela chega a vender 500 mil exemplares. Nesse mesmo período surgem as revistas de História em Quadrinhos, com destaque para autores como Ziraldo e Maurício de Souza com histórias do Pererê e Turma da Mônica. Nesse tempo as revistas se afirmam, definitivamente, como bons veículos de publicidade e propaganda.
O contexto social de desenvolvimento industrial propicia o surgimento de revistas segmentadas, voltadas para atender um público específico. Assim surgem a revista Manequim em 1959 e a revista Cláudia em 1961. Ainda na década de 50, com o crescimento da indústria automobilística aparecem a revista Quatro Rodas. A partir daí, várias revistas começaram a surgir, antedendo a demanda de grupos específicos, elas passaram a ter publicações cada vez mais segmentadas.


Revista Instituto Histórico Geographico Brazileiro


Revista Cruzeiro
Revista Realidade
Revista Diretrizes

Foto Novela publicada na revista Capricho

Revista Capricho
REVISTAS DIGITAIS
Hoje, com a era digital, ficou cada vez mais fácil disseminar conhecimento. A internet trouxe consigo o surgimento de sites e blogs dos mais variados assunto. Ainda assim, as revistas são consideradas um meio de comunicação muito utilizado pelos brasileiros como fonte de informações e entrenimento. De acordo com a Associação Nacional de Editores de Publicações (ANATEC), até outubro de 2016 havia em média, 2500 títulos de revistas em circulação no Brasil, com tiragem de cerca de 1,4 bilhões de exemplares ao ano.
Também em 2016, o Grupo Abril lançou a plataforma Go Read que possibilita o acesso a diversas revistas digitais. A plataforma oferece acesso ilimitado ao portfólio, contemplando títulos da Abril e de mais 15 outras editoras, por um preço único. Com o aplicativo, a leitura das revistas se dará de maneira mais confortável graças a um novo layout, interface mais intuitiva, melhoria no carregamento das páginas e uma seção de “favoritos” para montagem de uma biblioteca.
